Alves (1966) refere a existência de dois tipos de encraves no granito de Lavadores: uns provenientes das rochas encaixantes e outros provenientes de massas melanocráticas. Os primeiros são pouco abundantes e são de natureza gnáissica, migmatítica e por vezes anfibólica. Os segundos, mais abundantes, possuem uma textura granular ou microgranular, de composição mais básica do que o granito.
Para Silva & Neiva (1999) os encraves microgranulares são derivados de magmas básicos de afinidade alcalina, originados por fusão do manto enriquecido, que intruíram o magma granítico hospedeiro quando este se encontrava parcialmente cristalizado e com o qual se hibridizaram. A intrusão deste magma máfico ocorreu durante a ascensão do magma granítico e esta hibridização extensa foi facilitada pela desintegração da intrusão máfica (Silva, 2001)
A forma dos encraves é geralmente arredondada ou elipsiodal e as dimensões oscilam entre o decímetro e dois metros. Por vezes, alguns destes encraves formam grupos (enxames de encraves) cujo conjunto reproduz o contorno dum grande encrave primitivo, dividido em pequenos encraves-testemunhos, separados por material granítico; alguns apresentam no interior um outro encrave sendo deste modo considerados como encraves duplos; outros possuem no seu interior ou no limite encrave-granito grandes megacristais de feldspato branco ou rosado (Alves, 1966; Teixeira, 1970)
No que diz respeito à constituição mineralógica, os encraves são constituídos por quartzo, plagioclase (oligoclase-andesina), feldspato potássico (ortoclase e microclina), anfíbola, biotite, esfena, alanite, apatite, zircão, magnetite e, por vezes, piroxena. (Alves, 1966; Silva & Neiva, 1998; 1999).